Segundo Laurence Olivier, “Charles Chaplin ficará na
memória
como o maior ator de todos os tempos”.
Publicada originalmente no site do Jornal do Dia Online, em
30/07/2013.
Charles Chaplin.
Por Vieira Neto.
Nome verdadeiro: Charles Spencer Chaplin.
Nascido em Lambeth South Londres, na Inglaterra, no dia 18
de abril de 1889.
Fez sua primeira aparição no teatro com cinco anos,
tornando-se comediante em musicais, em 1898. Chegou aos Estados Unidos com a companhia de Fred Karno e
acabou trabalhando para Marck Sennet e Keystone. Seu primeiro filme foi
"Making a Living", que estreou em 1914. Depois veio "Kid Auto
Races in Venice", onde, pela primeira vez ele usou o traje de vagabundo,
criando o personagem que o faria mundialmente famoso: Carlitos.
Contratado pelos Estúdios Essaney, em 1915, passa a receber
um salário de 1.250 dólares por semana. Chaplin já estava sendo chamado de
"O maior comediante do mundo". Nesse estúdio contracenou com Bem
Turpin e Edna Purviance no filme "O Vagabundo" (The Tramp), que
muitos críticos dizem ser sua primeira obra-prima.
Em 1918, transfere-se para a Firs National (depois de passar
pela Mutual) para fazer filmes a 150.000 dólares cada: "Vida de
Cachorro", "Ombro Armas", "Um Idílio nos Campos". Após
"Pastor de Almas", Chaplin fundou a United Artists com Mary Pickford,
Douglas Fairbanks e D.W. Griffith. Em 1925 fez "Em Busca do Ouro",
que estourou como o maior sucesso de crítica e de público. Mas foi em 1928 que
recebeu indicação para o Oscar de melhor ator e uma premiação especial pela
produção do filme "O Circo".
O advento do som não o perturbou. Chaplin continuou calado,
apenas colocando música nos seus filmes. "Luzes da Cidade" foi outro
grande sucesso. Na sátira "Tempos Modernos", à era das máquinas, ele
ainda continuou mudo, apesar de alguns murmúrios. Foi com raiva do que estava
acontecendo na Europa que Chaplin fez outa sátira - "O Grande
Ditador" - sobre Hitler, tendo Jack Oakie como Mussolini. Após a guerra
fez "Monsieur Verdoux", que hoje, muitos consideram o seu melhor
filme. A figura do vagabundo havia desaparecido.
"Luzes da Ribalta", em 1952, fez muito mais
sucesso na Europa do que nos Estados Unidos.
Mudou-se para a Suíça com a quarta esposa, Oona, filha do
escritor Eugene O'Neill, principalmente por estar sendo acusado de
anti-americano e simpatizante do comunismo.
Chaplin odiava a morte e tinha um medo quase patológico dos
agentes que a propagam: os resfriados, a poeira, os insetos, as rosas. Era
materialista, ignorava que o espírito é imortal assim como sua genialidade,
assim como Carlitos, que seria o primeiro a dizer: Chaplin vive. E paira sobre
todos nós, como um condor.
Charles Chaplin morreu na Suíça, no dia de Natal de 1977,
tendo finalmente sido reconhecido pela Inglaterra com o título de Cavaleiro
(Sir). Sua filha Geraldine Chaplin também tornou-se uma grande atriz, principalmente
no cinema espanhol, dirigida pelo marido, Carlos Saura.
A vida de Chaplin nem sempre correspondeu à grandeza de sua
obra. Suas ideias políticas de esquerda não o impediram de acumular uma fortuna
colossal gerida com o máximo rigor capitalista. Seu moralismo público não
atrapalhou aventuras amorosas conduzidas com discutível elegância.
(Resumo do Capítulo 20 do meu livro inédito "Ícones do
Cinema que Nunca Sairão de Cena").
Texto e imagem reproduzidos do site: jornaldodiase.com.br
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